De frente à capela Nossa Senhora da Saúde fica a casa de Tia Nêta, como é conhecida dona Antônia Maria Rosendo. Um abraço apertado, um beijo no rosto e um elogio. O carinho com que ela recebe seus visitantes os torna parte de sua família. Uma tia. Daquelas que, quando somos criança, nos ensina na creche, acompanha, dá carinho e atenção. No primeiro gole de água oferecido, Tia Nêta logo adverte:

- Meu filho, se estiver sentindo um gosto estranho não é a água estragada não, viu? É que eu coloco umas raízes medicinais.

Ela costuma colocar na água raízes e folhas de aroeira, janaguba, mangaba, velame, pega-pinto, quixaba, malva branca, chanana, japecanga e pau-ferro. Segundo Tia Nêta, essas plantas servem para ajudar no tratamento de úlcera, gastrite, inflamação, tosse, gripe, bronquite, entre outras coisas. “Eu ando toda cortada, arranhada, mas devido as águas que tomo como tratamento, não fica aquilo inflamado, ferido. Ainda refresca o intestino”.

Agricultora de 54 anos, Tia Nêta ficou conhecida por esse apelido após receber os visitantes que ministravam cursos e oficinas. A casa dela era o lugar de apoio. Nos convites e cartazes de divulgação, a organização colocou “Local: Pousada de Tia Nêta”. “Aí todo mundo, por onde esse convite rodou, passou a me chamar desse jeito. Se perguntar onde é casa de Tia Nêta, todo mundo vai saber”, explica ela, antes chamada de “Tonha” ou “Antoniêta”.

Receptiva e atenciosa, Tia Nêta costuma dar todo apoio as atividades que acontecem na comunidade do Zabelê, em Nova Olinda, onde ela mora. Inclusive, dois cursos do projeto “Jovens Familiares Produzindo no Cariri”, desenvolvido pela Associação Cristã de Base (ACB), aconteceram na sua casa. Além disso, ela sempre costuma cozinhar para os visitantes.

Quem nota o carinho, a atenção e desenvoltura com que lida com os visitantes, não imagina que, durante a infância e adolescência, Tia Nêta não teve quase nenhum contato com pessoas da sua idade. Aos cinco anos, com autorização de seus pais, Joaquim Fernandes da Silva e Virgínia Maria dos Prazeres, a pequena Antonita foi levada para a casa de seus padrinhos de batismo, seu tio Amadeus Batista e Francisca Arraes. O casal, que já tinha dois filhos, um recém-nascido, e precisava de alguém que os ajudasse a cuidar do bebê.

Assim, Tia Nêta saiu de Zabelê, em Nova Olinda e foi para Juazeiro do Norte, morar com os padrinhos, que passaram a ser seus pais adotivos. Ela só voltou para sua casa 10 anos depois. A jovem Antonita nem conhecia seus irmãos e irmãs, mas seus pais biológicos, quando iam à Juazeiro, visitavam a filha. Ela lembra que suplicava ao pai que a levasse consigo para Nova Olinda:

- Não, papai, eu quero ir é com o senhor.

- Olhe, papai vai fazer umas compras ali e volta já. Depois nós vamos. – Dizia Joaquim, seu pai, que deixava ela lá, com seus padrinhos, e partia no fim da tarde para Nova Olinda.

O retorno à sua casa e comunidade de origem aconteceu com seus 15 anos de idade. Ela queria muito conhecer seus irmãos. A oportunidade apareceu numa farinhada, organizada por sua família. A jovem Antonita veio para cozinhar para os trabalhadores. Lá não tinha energia. Não tinha água. Só buscando na nascente, nas costas de burro. Para tomar banho, ela saia para buscar água na escuridão e lá, no olho d’água, se banhava. “Tinha muito animais, galinha, peru, era o divertimento que tinha. Um rádio, sequer, não tinha na casa de meu pai”.

A farinhada foi adiada devido ao adoecimento de seu avô, aí a família decidiu tardar o encontro. Antonita pôde ficar mais uns dias com seus irmãos. Ela chegou no sábado, passou o domingo e na segunda-feira seu irmão mais velho pegou uma enxada de três libras, botou um cabo novo e decretou para a moça:

- Vamos pra roça!

Com meia hora no roçado Antonita já não já tinha mais couros nas mãos. Eram bolhas na pele, resultado da falta de costume com aquele trabalho. Apesar de ser filha de agricultores, ela acompanhava seu padrinho no trabalho, mas para cozinhar para os agricultores, lavar roupa, cuidar de casa. Ele até a ensinou à campinar, roçar, plantar, colher. “De tudo da roça ele me ensinou, mas colocar no pesado como cabra macho meu pai nunca fez isso, não”, lembra Tia Nêta.

Sem aguentar mais trabalhar no calor forte, com calos nas mãos e dores, ela decidiu ir para casa, apesar das ameaças de seu irmão mais velho, que repetia “Ou trabalha ou fica com fome”. Negando continuar na roça, seu irmão quebrou um cipó de andu e bateu nas costas de Antonita. “Apanhei dele na roça, porque chorava com as mãos que não tinha como eu mais trabalhar”.

Antonita correu para casa, chorando. No caminho, avistou seu padrinho na ladeira, chapéu na cabeça, já para busca-la. Numa carreira, ainda tomando fôlego, chegou até seu pai adotivo e disse:

- Padrinho, pelo amor de deus, eu não quero mais ficar aqui um só minuto.

Dali mesmo, sem se despedir da família, Antonita foi embora. Não pegou suas roupas, nem seus objetos. “Ele ficou muito machucado de ver eu toda marcada de cipó sem que eu merecesse e as mãos toda sem puder trabalhar”, lembra Tia Nêta. Quando chegou em Juazeiro, sua madrinha a levou ao médico fazer curativo nas mãos, tomar remédio, passar pomadas nas mãos e nas costas, porque onde o cipó bateu, queimou a pele da moça.

Seus padrinhos, Amadeus e Francisca, deram toda assistência à Antonita, assim como aos outros dois filhos. Porém, nunca a colocou escola. Não queria que a adolescente tivesse contato com outras pessoas com medo de que ela aprendesse algo que não o agradasse. “Ele era daquelas pessoas antigas, muito rígido, aí ele queria que ficasse só segurada nele. Se ele fosse para um casamento, um batizado, a missa, ele me levava. Mas não tinha direito a amigo, lazer. Eu não tinha direito de conversar com ninguém. Os meus amigos eram ele e ela, e os dois filhos que eles tiveram”, explica Tia Nêta.

A adolescência de Tia Nêta era trabalho. Sempre dentro de casa. Apesar da alimentação e do cuidado em leva-la ao médico, seus pais adotivos não davam roupas ou calçados. Seus pais biológicos, de vez em quando, mandavam algo para ela. Além deles, Dona Lilô, uma professora que morava vizinho a ela, dava as roupas que sua filha não queria mais. Antes de vesti-las, a madrinha remendava para ficar arrastando no chão. Nada de vestidos na altura do joelho.

Com 18 anos, ela conseguiu o primeiro trabalho fora de casa, cuidando da irmã de Dona Lilô, Zilda, que morava vizinho e estava enferma. Doente de câncer, Zilda passava o dia na cama e Antonita dando remédios, injeções, alimentação e banho. Seu padrinho só deixou trabalhar com a autorização de seu pai. Lilô e Amadeus foram até o Zabelê conversar com Joaquim. Amadeus não queria ela trabalhando, mesmo estando na casa ao lado:

- Eu vou levar ela pra casa do pai dela, mas da minha companhia ela não sai pra trabalhar pra ninguém.

“Ele ia achar quem pra trabalhar gratuito? Na romeirada soltava dois ônibus, 120 pessoas dentro de casa, para mim cuidar de banheiro, cozinhar, sem pagar nada para ninguém. Ele não queria desfazer”, acredita Tia Nêta. Com a autorização de seu pai, Antonita ficou trabalhando, cuidando de Zilda, com a promessa de que, caso ela melhorasse e não precisasse mais de cuidados, Dona Lilô conseguiria um emprego para a jovem.

Foram um ano e oito meses trabalhando por 12 contos de réis, cuidando de Zilda, que acabou falecendo aos 54 anos. Aos 20 anos, Tia Nêta entrou na indústria de Borracha e Plástico Ltda (BOPIL), começando nas embalagens e depois da montagem e sandálias. “A força de vontade era tão grande, porque eu pensava assim ‘Eu não sei ler, se eu não pegar uma coisa que eu possa fazer pra ganhar dinheiro pra sobreviver’. Aí me lembrava da surra que levei de meu irmão ‘A roça eu não dou conta’”. Assim, a jovem deu todo seu gás no emprego. Com 90 dias fazia 2000 pares de calçados por dia. Depois, aumentou para 10.000 por dia.

Antonita recebia um salário e o bônus pela produção. 20 centavos por par. Montava os dois mil que cobriam seu salário mínimo e mais oito mil que eram acrescidos na remuneração. “Quando recebia este dinheiro, era dinheiro que não acabava mais. Pagava meu aluguel, a casa era até boa. Morando só”, recorda Tia Nêta. Para não sair de perto do pai adotivo, a mesma casa que Zilda morava, ela alugou. “Era para ele ver que eu sozinha também era gente e podia ter respeito por mim mesma”, explica.

Ainda na Bopil, conseguiu aprender a ler e escrever, através de um curso de seis meses, oferecido aos funcionários. Duas horas, após o expediente, para poderem assinar os documentos sem impressão digital. “Meu patrão me deu esse presente que não esqueço e ninguém tira de mim. Onde aprendi a assinar meu nome, onde tirei meus documentos todinho sem ter aquele dedão que é muito feio. Certo ou errado, mas tirei com minha assinatura. Hoje escrevo um recadinho, algumas palavras eu leio, faço uma celebração na igreja, através de seis meses de aula que tive. A chance que tive foi essa”, diz Ti Nêta.

Retornou a Zabelê para morar

Tia Nêta, aos 44 anos, retornou ao Zabelê para morar. Hoje, junto com seu marido, Joselito Rosendo, de 78 anos, eles produzem no sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS) que receberam do projeto “Jovens Familiares Produzindo no Cariri”. Participantes do todos os cursos, a agricultora também recebeu, em dezembro de 2014, a cisterna Chapéu de Padre Cícero.

Não é pousada, é só um lugarzinho de aconchego, cuidado e atenção
Tia Nêta em seu lugarzinho de aconchego

O casal constrói uma casa no antigo terreno dos pais de Tia Nêta, que foi herdado pelos 15 filhos. Como não herdou nada dos pais biológicos, ela comprou a parte de 14 deles. “Meu pai quando ele estava doente para morrer eu era quem cuidava dele. Peguei licença. Ele me pediu para que aquele terreno fosse pra criar filhos e netos, não deixasse ninguém destruir. Aí eu disse a ele, ‘Se Deus me der sorte de casar com um homem trabalhador, eu vou transformar aquele terreno num sertão’”.

Seu pai faleceu antes de conhecer ‘seu’ Joselito. O homem trabalhador que, junto com Tia Nêta, transformou aquele terreno num local produtivo. Agricultor, Joselito é alagoano e chegou ao Cariri pela fé ao Padre Cícero. Ele foi romeiro durante muitos anos, até conhecer sua esposa, em 2004. Viúvo, foi à Juazeiro na semana santa e se encantou pela moça. Assim, resolveu tentar alguma coisa com ela.

No dia 9 de abril de 2004, sexta-feira da Paixão de Cristo, Joselito, um senhor de cabelos grisalhos, embriagado, criou a coragem de ir até a casa de Tia Nêta, em Juazeiro do Norte. Ele já tinha a visto voltando do trabalho, na terça-feira. Ao vê-la varrendo a calçada, chegou até ela e perguntou:

- Moça, me arruma um copo d’água?

A moça logo pensou “Esse senhor bêbado vem me pedir água”, mesmo assim, serviu Joselito, que enquanto bebia, olhava fixamente para ela. Minutos depois, seu irmão, João Batista, que resolveu morar com Tia Nêta depois que seu pai Joaquim faleceu, chegou em casa com a namorada. Horas depois, novamente o romeiro aparece batendo palma na janela:

- Diga, seu José! – respondeu João Batista.

- Me arranja um copo d´água. – pediu novamente Joselito.

- Ô Tonha, dê água ao ômi. Eu cheguei cansado, dê água aqui.

Novamente, Tia Nêta deu água à Joselito, que pediu para usar o banheiro. Na volta, aproveitando a presença da moça na cozinha, Joselito, um pouco tímido, pergunta:

- Ei moça, tu tem cinco minuto da atenção pra mim?

- Tenho até 10. O que é que o senhor quer? – perguntou Tia Nêta, impaciente.

- Depois eu falo.

- Depois? Mas esse depois quando? Eu tô ocupada.

- Lá para uma seis horas.

- Mas o senhor sabia que depois das seis horas eu não abro minha porta para ninguém, não, viu? Se o senhor quiser uma água, comer, alguma coisa, que seja agora.

Acontece que, a dona de um bar, Dona Graça, que ficava de frente à casa de Tia Nêta, era sobrinha da antiga esposa de Joselito, que havia falecido. Ela conhecia Antonita desde quando ela era criança. “Ele chegou viúvo, procurando alguém para casar, aí ela pegou leu meu livro inteiro para ele. Quando ele foi pedir um copo d’água, já sabia quem era eu”, recorda Tia Nêta.

Prometendo voltar às seis horas, Joselito aparece novamente na porta de Tia Nêta. Seu irmão, João Batista, o convida para sentar. Como estava na hora da janta, por educação, o rapaz convidou o romeiro a comer com eles. Enquanto todos jantavam, o convidado não dizia uma só palavra, já os demais, na mesa, conversavam. De repente, Joselito interrompe a conversa dizendo:

- Ei moça, tu quer casar comigo? – em direção à Tia Nêta.

- Mas tá, era só o que me faltava. Seu Zé, eu não sei quem é o senhor. Nunca lhe vi, não lhe conheço. Não sei de onde o senhor. Eu não tenho resposta. - respondeu ela.

- Moça, mas você vai saber quem sou eu. Antes de meio dia você vai saber. Eu não vou aceitar um “não”.

Tia Nêta cresceu sem ter contato com ninguém. Nunca havia namorado, nem de brincadeira. Mesmo assim, disse:

- Seu Zé, apois eu vou pensar no seu caso, viu?

Após Joselito sair, aparece Dona Graça, a senhora que apresentou Tia Nêta a Joselito, sem ela mesmo saber. A mulher chegou na porta e pediu para ir no banheiro porque o do bar estava sujo, graças aos romeiros. Na volta, ela aborda a dona da casa:

- Ei mulher, veio um senhor aqui na tua casa?

- Dona Graça, pelo amor de deus, além deu dar janta ao infeliz, ele ainda veio na cara de pau ‘tu quer casar comigo?’. E eu lá sei quem é aquele homem.

- Mulher, ele só veio falar isso porque ele já sabe quem é tu. Você me desculpe, mas eu tive que dizer a ele. Ele te viu quando vinha na terça-feira, vindo do trabalho e gostou muito de você. O nome dele é Joselito. Era casado com minha tia, que faleceu.

Dona Graça disse muitas coisas a respeito de Joselito, tentando convenver Tia Nêta a casar-se com ele. Confusa com aquela situação, ela consultou seu irmão, João Batista, que não achou uma má ideia aceitar o pedido do romeiro:

- Ó, nós não temos pai. Você só tem um pai e duas mães. Você não se dá com nossos irmãos.

Até aprender a viver com eles de novo. Você já está velha. Eu tô mais você, mas qualquer coisa eu arrumo qualquer rapariguinha, vou embora e você fica sozinha. E quando tiver velha gagá, quem cuida de você? Né melhor casar com o vô?

No dia seguinte, aparece Joselito, triste. Foi, novamente, almoçar na casa de Tia Nêta. Ele havia sido roubado, durante a romaria, e ficou sem documentos e dinheiro para retornar para a Alagoas. Sem condições de comprar um cartão telefônico para telefonar para os seus filhos. Tia Nêta, ainda ofereceu o seu aparelho:

- Pai, pelo amor de deus, o senhor tá onde?

- Tô em Juazeiro do Norte, na casa de minha noiva. – respondeu Joselito.

Com a promessa de que transfeririam o dinheiro, Joselito ficou mais tranquilo. Mas só por alguns minutos. Surpreendida em chama-la de “noiva”, Tia Nêta perguntou:

- O senhor disse que tava na casa de sua noiva. O senhor tem certeza?

- Tenho, porque o Padre Cícero me disse que um dia a gente ia se casar.

- Pois tá certo, seu Zé. Eu quero me casar com o senhor. Mas eu não quero o senhor aqui, na minha casa, antes da gente se casar. Nem quero o senhor atrás de mim todo santo dia. Nem esse negócio de sair para conversar na praça, num sei aonde.

Joselito foi embora para Alagoas e só voltou mais de um mês depois. Já trouxe um anel de noivado, marcou o casamento no civil e ficou por mais três dias. Voltou para sua terra e só chegou em Juazeiro quatro horas antes do casamento, marcado para o dia 18 de julho de 2004. “Nós se vimos no dia que ele pediu, no dia que noivamos, sem presença de pai de ninguém, e no dia que nos casamos no civil”. O primeiro beijo foi depois de 15 dias de casados no civil. Joselito foi o primeiro e único namorado de Tia Nêta. Hoje, ele é carinhosamente chamado de “amorrei”, por ela.

Depois da pressão de Tia Nêta e de seus padrinhos, Joselito casou-se com ela, também, na igreja, no dia 12 de julho de 2005. Quase um ano depois do casamento civil. Juntos há mais de 11 anos, o casal trabalha na roça e dentro de casa. A renda, além da aposentadoria dele, vem da produção de bolos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Os dois produzem 60 quilos de bolos por semana, entregues nas escolas, no presídio, no abrigo dos idosos, nos hospitais e no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Nova Olinda.

Do PAA e PNAE eles tiram uma renda anual de R$ 6.500,00. Além disso, o casal participa da Feira Agroecológica de Nova Olinda, levando beiju de amendoim, abobrinha, maracujá, andu verde, fava, macaxeira, massa puba. Dependendo da quantidade e variedade de produtos que leva, Tia Nêta já apurou 100, 150, 80 e até 300 reais, em cada manhã. Na seca, é mais difícil ter produtos suficientes.

No final de cada Feira Agroecológica, tem a reunião de avaliação e Tia Nêta costuma sempre cantar uma canção, exaltando a amizade conquistada com os outros feirantes. “Obrigado ACB, obrigado. Obrigado pelo o encontro feliz. Obrigado ACB, obrigado. Permaneça a união em mim”.